O aluno ideal para um curso a distância


Educação Presencial, Educação Presencial Conectada e Educação a Distância. São muitas as modalidades de ensino-aprendizagem hoje. A diferença é que, para cada uma delas, exige-se um perfil específico de aluno.

E já que o assunto aqui é EAD, o Conexão conversou com Bárbara Drummond, aluna modelo do Colégio Estadual Miguel Couto, em Cabo Frio, e tirou um raio-X do seu sucesso a distância. Desde agosto, a estudante de 18 anos vem se preparando para o vestibular com o auxílio do Reforço Novo Enem e confessa: “A rotina é atribulada, mas vale o sacrifício. Apostar no Ensino a Distância é investir no futuro profissional”. 

Segundo Bárbara, aprender com o Reforço Novo Enem tem mesmo lá suas vantagens: “Já que o tempo de exibição das aulas é limitado, a didática vai direto ao ponto, sem ficar se estendendo em assuntos que não são tão importantes. Além de render mais, esse esquema organiza os conteúdos em nossa cabeça e nos deixa mais seguros para enfrentar a prova”, explica a estudante, que pretende cursar a faculdade de Relações Internacionais.

Calma, confiança e conhecimento em um só formato. As 500 escolas da rede estadual contempladas com o projeto de ensino via satélite têm muito a lucrar com a qualidade do curso, que conta com renomados professores em sua grade virtual: Sérgio Nogueira, de Português; Carlos Gomes, de Português e Redação; Ricardo Luiz, de Física; e o juiz William Douglas, que foi convidado para ministrar uma aula magna sobre auto-estima e concentração para a prova.

Os prós são muitos, mas acompanhar um Curso a Distância não é exatamente para qualquer um. Se o aluno recebe aquele conhecimento via TV ou web, não há como interagir com a turma e precisa estar preparado para prestar atenção e estudar muito por conta própria. Daí, a necessidade de dois ingredientes elementares: concentração e disciplina.

“É importante estar focado para pegar mais rápido os conteúdos. Os professores são experientes e explicam de uma forma fácil, não muito formal. Mas existe o fator tempo e eles não voltam na explanação. A única desvantagem é na hora de tirar dúvidas. Não é possível fazer isso em tempo real”, completa Bárbara.

O perfil de quem busca um curso a distância

De acordo com Regina Moreth, Vice-Diretora do Instituto de Matemática e Coordenadora do curso de Matemática a distância da Universidade Federal Fluminense (UFF), cada vez mais alunos buscam um curso a distância e a pouca idade hoje já não é um entrave para a autonomia estudantil.

“Os alunos que moram longe dos grandes centros, cujas famílias não têm condições de arcar com as despesas de locomoção para que eles possam estudar numa universidade, fazendo um curso presencial, e também aqueles que trabalham o dia todo e não conseguem frequentar a faculdade ainda são os que mais buscam um curso a distância. No começo, não tínhamos muitos alunos jovens no sistema. Hoje, isso está mudando. Muitos alunos fazem vestibular logo depois do Ensino Médio, com 18 ou 19 anos. E, mesmo com essa idade, eles se adaptam sim, pois estão realizando o sonho de ter um curso universitário”, avalia Regina.

O caminho das pedras digitais

Ao contrário do aluno do Ensino Presencial, que tem todo um ambiente real a seu alcance, o aluno que opta pela EAD deve apresentar algumas características particulares que são necessárias para o estímulo da percepção e da cognição com a finalidade de prender sua atenção por longos períodos de estudo. Confira, a seguir, as dicas para um Ensino a Distância de qualidade:

1. A tecnologia usada, seja ela qual for, precisa ser bastante familiar e amigável ao aluno;

2. Cabe ao professor manter o interesse do aluno, motivando-o e descobrindo formatos interativos para o aprendizado prazeroso;

3. O aluno que precisa do professor ao lado dele, cobrando ou elogiando, não é recomendado para a Educação a Distância. É preferível que o aluno seja mais maduro, autônomo e que cumpra os prazos.

As relações de espaço e tempo estão se relativizando no mundo profissional moderno, que exige um trabalhador mais responsável, usuários das tecnologias, multicompetente, capaz de gerir situações de grupo e de se adaptar às mudanças, sempre pronto a aprender. Em suma, o mercado absorve o profissional mais informado, autônomo, disposto à mobilidade, versátil e sempre antenado às novas tendências.

O primeiro estágio para tantas competências pode ser o ingresso na EAD, que privilegia o profissional que aprimora o seu aprendizado não só em prol do trabalho, mas também em função de sua realização pessoal.


Fonte: http://www.conexaoaluno.rj.gov.br/especial.asp?EditeCodigoDaPagina=2642