Como escolher a profissão certa?
Juntas, elas passaram por treze cursos diferentes. Rita Wu, 22 anos, está na quarta faculdade. Cristina de Holanda, 26, ensaiou cinco opções. E Tatiana de Andrade, 31, fez quatro tentativas. Suas histórias são exemplos de um novo movimento na hora de escolher a carreira profissional.
Há dez anos, era mais difícil encontrar jovens que mudavam de faculdade por estarem convencidos de que foram pelo caminho errado. Mas agora é cada vez mais freqüente topar com pessoas que trocam até cinco vezes de curso, antes de se decidir por uma área.
Há dez anos, era mais difícil encontrar jovens que mudavam de faculdade por estarem convencidos de que foram pelo caminho errado. Mas agora é cada vez mais freqüente topar com pessoas que trocam até cinco vezes de curso, antes de se decidir por uma área.
Números do Ministério da Educação confirmam esse cenário frenético. Em 2006, mais de 500 mil alunos – 11,3% do total de matriculados no ensino superior no país – mudaram de curso dentro da própria instituição, foram transferidos para outra faculdade ou desistiram do currículo que pretendiam seguir.Mas, afinal, por que está mais difícil escolher um caminho profissional?
Para Yvette Lehman, professora de psicologia social e coordenadora do serviço de orientação profissional da Universidade de São Paulo (USP), as exigências cada vez maiores do mercado de trabalho provocam medo e uma tremenda confusão na cabeça de quem está buscando uma carreira. Os universitários não têm clareza de como se inserir no mercado.
A dúvida de que pode ser difícil já virou certeza. Então, muitas vezes num impulso, abre-se mão de um curso de que se gosta por outro considerado mais promissor, na ilusão de que assim será mais fácil se dar bem no mundo profissional.
Para Yvette Lehman, professora de psicologia social e coordenadora do serviço de orientação profissional da Universidade de São Paulo (USP), as exigências cada vez maiores do mercado de trabalho provocam medo e uma tremenda confusão na cabeça de quem está buscando uma carreira. Os universitários não têm clareza de como se inserir no mercado.
A dúvida de que pode ser difícil já virou certeza. Então, muitas vezes num impulso, abre-se mão de um curso de que se gosta por outro considerado mais promissor, na ilusão de que assim será mais fácil se dar bem no mundo profissional.
A vendedora Cristina sofreu por basear suas escolhas no retorno financeiro. Ao prestar vestibular pela primeira vez, ela já sabia que queria trabalhar na área de psicologia, mas percorreu um longo caminho antes de seguir a própria vontade.
Cristina começou cursando engenharia da computação porque havia encontrado um emprego em informática. Mas teve dificuldades com as aulas de cálculo e acabou desistindo ao perceber que seria reprovada. Optou então por jornalismo, carreira apontada no teste vocacional. Gostou do curso, mas os professores a assustaram dizendo que era difícil arrumar emprego. Então largou. Como estava trabalhando com vendas, tentou administração, por que não?
Achou maçante. Partiu para publicidade e também não curtiu. Só se sentiu realizada em psicologia. “Não tinha cursado antes simplesmente porque achava que não ia ganhar dinheiro. Mas resolvi fazer o que gosto.”
Cristina começou cursando engenharia da computação porque havia encontrado um emprego em informática. Mas teve dificuldades com as aulas de cálculo e acabou desistindo ao perceber que seria reprovada. Optou então por jornalismo, carreira apontada no teste vocacional. Gostou do curso, mas os professores a assustaram dizendo que era difícil arrumar emprego. Então largou. Como estava trabalhando com vendas, tentou administração, por que não?
Achou maçante. Partiu para publicidade e também não curtiu. Só se sentiu realizada em psicologia. “Não tinha cursado antes simplesmente porque achava que não ia ganhar dinheiro. Mas resolvi fazer o que gosto.”
